
Tem empresas que promovem demissões todos os anos. Sempre vão cortar a cabeça de alguém. Os novos funcionários vão chegar na empresa e se ainda não presenciaram ninguém perdendo o emprego, ficarão sabendo das historias, do ano sombrio, da demissão em massa. E qual é o antídoto natural que ele encontra para isso? Dar um pé na bunda do patrão na primeira boa oportunidade que surgir.

Corte de custo também é uma palavra bastante frequente no vocabulário dos sócios e administradores. É sempre uma boa desculpa para enxugar o quadro de funcionários. Quem fica na empresa lamenta o azar do outro, mas não se comove e nem reclama da situação. Agora, quando a questão é fusão de empresas e o comprador vai demitir todo mundo, ai se unem e pedem ajuda aos sindicatos, governos e universitários. A falta de união quando o pavio foi aceso não é lembrada quando o corte é em apenas uma cabeça para reduzir despesas.
Se uma empresa vira pro funcionário e diz "vou ter que te dispensar". O funcionário pergunta "que dia eu saio? Trabalho o dia de hoje e pronto?", e recebe a resposta do chefe "Não, você vai sair agora. Passe lá no RH e assine sua demissão". O funcionário também pode virar para a empresa, já com o quadro reduzido, e comunicar "me ofereceram uma boa oportunidade de trabalho e eu aceitei. Vou começar lá amanhã", explicou. Pena para quem fica, porque tem que aguentar o rojão, enquanto que o dono vai contar dinheiro. É assim que as coisas funcionam. A vida não é um conto de fadas.
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