sexta-feira, 30 de novembro de 2012

BONS PAIS A CASA TORNAM


Ele voltou, ou melhor, eles voltaram. Luiz Felipe Scolari está de volta ao comando da Seleção Brasileira de Futebol. Mas quem pensava e esperava o retorno de apenas um campeão, se enganou. É que o comandante do tetra brasileiro na Copa de 94, Carlos Alberto Parreira, também retornou para o ambiente da seleção canarinho como coordenador. A apresentação de Felipão e Parreira ontem (29), em um hotel da zona oeste do Rio de Janeiro, foi o ponto de partida para especulações, comentários e até insatisfação de um banco após declaração polêmica do técnico do Brasil. Eles chegaram, chegando!

Quem estava acostumado a ver nas entrevistas coletivas um Mano Menezes sempre muito calmo, polido e por vezes contido, pode ir mudando as perspectivas, porque nem de longe verão uma aparição assim do "antigo-novo" comandante da seleção. A coletiva de ontem já diz tudo. Com a declaração de que quem não quer pressão na Seleção deveria "trabalhar no Banco do Brasil" e com o aviso de que só fala dos jogadores que convoca nada além disso, ele traz a tona o mesmo Luiz Felipe Scolari de 2001/2002. 

Já que o jeitão Felipão de ser não mudou, esperamos que os resultados com a seleção também não mudem, a não ser que seja para melhor, é claro. Na sua passagem anterior como técnico do Brasil, o gaúcho de Passo Fundo, teve um aproveitamento de 74%. Dos 26 jogos sob o comando de Felipão, a Seleção Brasileira obteve 19 vitórias, um empate e seis derrotas, além de marcar 59 gols e sofrer 18.

Aprovado por Felipão, Parreira também é mais um que vem para somar. É bem verdade que como técnico na copa de 2006, que o Brasil chegou como favorito e saiu derrotado para França nas quartas de finais, ele fracassou, mas ele não estava sozinho, o grupo inteiro que não deu certo naquela ocasião. E não se pode esquecer, é claro, do lendário tetra de 94 em que ele esteve à frente. Carlos Alberto Parreira é bem entendido quando o assunto é Seleção Brasileira. Com um cargo diferente do que ele já teve tanto em 94, como em 2006, agora ele é coordenador da seleção, Parreira vem com o intuito de ser a outra metade da laranja. Segundo o próprio Felipão, como eles pensam diferente, isso será positivo na hora de se tomar decisões na busca pelo melhor para o time canarinho. 

A CBF fez uma escolha com base na experiência. De acordo com o presidente da entidade, José Maria Marin, a Copa do Mundo não serve para teste, o Brasil necessitava de uma comissão técnica com bagagem. E quer mais bagagem do que um tetra campeão e um penta? Pra ficar melhor só se incorporassem à essa comissão o técnico tri-campeão em 70, Mario Jorge Lobo Zagallo (hihihi). Brincadeira a parte, com o novo técnico e sua equipe formada, agora os brasileiros esperam ansiosos pelo dia 6 de fevereiro, dia em que Felipão e sua trupe estrearão em jogo no emblemático Estádio de Wembley, em Londres, contra a seleção da Inglaterra.

Daqui até fevereiro muita coisa vai acontecer, principalmente especulações de quem serão os convocados para o primeiro jogo sob o comando de Felipão. É importante que agora o torcedor mantenha a calma, espere um pouco e dê espaço para o técnico conseguir organizar o time. Sabemos que a pressão sempre irá existir, afinal esse é o jeito do brasileiro torcer. Mas é preciso ter paciência, o estilo de comando mudou radicalmente e o grupo de jogadores terão que se acostumar a isso.

Como fã de Luiz Felipe Scolari, fiquei feliz por esse seu retorno. Sei que não podemos desprezar nomes como Muricy Ramalho e Tite, mas acho que só saber lidar com a parte tática e técnica não funciona. Por isso, acho que Felipão, em uma disputa com os dois, saí na frente por ser o mais completo, porque além de saber trabalhar com a parte tática e a técnica o seu diferencial é a capacidade que tem para trabalhar o lado emocional dos jogadores. Emocional que dentro de um ambiente de Seleção Brasileira é fundamental mas nem sempre é bem explorado por que comanda a equipe.




Diante do momento a única coisa que podemos desejar é: BOA SORTE, FELIPÃO E PARREIRA! QUE MAIS UMA VEZ VOCÊS, JUNTO COM A EQUIPE, TRAGAM A TAÇA PRA GENTE. RUMO A COPA DA CONFEDERAÇÕES E AO HEXA, BRASIILL, SIIIL, SIIILL, SIIIILL!!!!






quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BELO MONTE – ANÚNCIO DE UMA GUERRA


Se a Rio+20, através dos chefes de Estado e de Governo, não cumpriu com as atividades básicas pré-estabelecidas, nós, sociedade civil, nos mantemos incansavelmente decididos a lutar contra o projeto de desenvolvimento que rege o nosso sistema sóciopolítico.

Ontem assisti Belo Monte – Anúncio de uma guerra, de André D’Elia, o documentário foi lançado pela internet em 17 de junho de 2012, ou seja, durante o período da Rio+20. As filmagens e as investigações condenam a obra que está sendo imposta pelo governo de forma irresponsável e opressora, já que não houve legitimidade conferida pela escolha dos índios nativos e da população sobre a instalação da usina.

O filme é uma disputa de conceitos e ideologias entre quem mora nas grandes cidades e acha que o recurso hídrico oferecido pelo nosso espaço físico não pode ser desperdiçado com os índios e moradores que reivindicam através dos seus sentimentos a história de suas vidas.

Para quem não lembra, a polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte na bacia do rio Xingu, em sua parte paraense, é uma obra que invade e desagrega sem pedir licença o cotidiano e o intinerário habitual das populações locais, ignorando os direitos de agricultores, indígenas e da população ribeirinha, em especial, aqueles domiciliados em Altamira, cidade vizinha a obra, que já dura mais de 20 anos.

Belo Monte – Anúncio de uma guerra, é um projeto integralmente independente e coletivo, o grupo foi formado por comunicadores sociais, cineastas, economistas e advogados insatisfeitos com a realidade imposta.

O documentário foi gravado durante três caravanas à região do rio Xingu, Altamira e arredores, além de São Paulo e Brasília. Foram reunindos impressionantes registros da obra da hidrelétrica, além de entrevistas importantes de lideranças religiosas, como o cacique Raoni, que esperaram um longo tempo para falar com a presidente Dilma Rousseff. Além de políticos locais favoráveis ao empreendimento com estrutura desmesurada e extraordinária.

O exemplo de mobilização se deu justamente pela falta de investimento financeiro para a edição e finalização do filme, já que não havia nenhum tipo de acordo ou financiamento governamental ou empresarial. Houve então a necessidade de envolver a sociedade na produção do documentário, por isso o grupo lançou em novembro de 2011 através de uma plataforma específica via internet, uma campanha para promover um arrecadamento coletivo.

Qualquer cidadão que questionasse ou condenasse a política da obra da hidrelétrica pôde contribuir. Os interessados puderam assistir ao vídeo promocional, doar valores para a edição e a finalização e como contrapartida ou até mesmo uma forma de agradecimento ou reconhecimento pela colaboração, receberam créditos e acesso antecipado ao teor do filme produzido.  

Essa foi sem dúvida, uma das mais criativas e contundentes iniciativas independentes de repúdio as posturas passivas e conformistas, foi um ato político da própria sociedade, um apelo pelo acesso à informação e pelo direito de opinar nas decisões do nosso país, que se diz ser democrático. Por isso o meu texto de hoje é uma homenagem à criatividade e a valorização do sentimento de cidadania dos produtores desse trabalho.

Assista o documentário no YouTube clicando aqui




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SEM TRANQUILIDADE


Ela sai da faculdade, atravessa a passarela e espera no ponto de ônibus. Em pouco tempo surge aquele que a levaria para o lugar desejado e ela entra no transporte coletivo. Entrega seu passe estudantil ao cobrador e escolhe sentar no terceiro banco da frente do ônibus, próxima a janela. O vento sopra em seu rosto e o ônibus, com poucos passageiros, segue seu caminho.

De repente, ela sente um leve chute em sua perna esquerda, olha para o lado e vê um homem, sentado em um banco do outro lado do corredor. Supõe que ele deveria ter tropeçado na sua perna, talvez, apesar da distância, e volta a olhar para a janela. Mas o pé do homem toca sua perna novamente e ela volta seu olhar para ele. É então que ela compreende a situação.

O homem, aparentando ter entre trinta e quarenta anos de idade, olha para os lados enquanto suspende sua camisa pólo listrada. Com o movimento rápido ele mostra o que seria, supostamente, uma arma escondida na sua calça jeans. A garota olha, sob seus óculos de sol, o homem que continua a olhar disfarçadamente para os lados e lhe pede seu celular.

Sua boca fica seca, quando percebe estar realmente sendo assaltada. Mentindo para o ladrão, ela diz que não tem celular, o que de certo modo era verdade, já que ela tivera dois celulares roubados naquele ano, e no momento usava o celular emprestado por sua madrinha. Quando ele pede para que ela o entregue seu dinheiro, mais uma vez ela mente, e diz só possuir os passes estudantis.

O homem a olha aborrecido e pergunta com descrença explícita se ela realmente não tinha um celular. Cada vez mais nervosa, a garota percebe que não poderia evitar o terceiro roubo de celular do ano, e pede para o ladrão se, pelo menos, poderia retirar os chips do aparelho. O ladrão consente e, apressadamente, senta-se ao lado da garota, deixando-a ainda mais acuada.

Ignorando o gosto metálico que surge em sua boca, a garota pega o celular da bolsa e retira os chips com suas mãos trêmulas. Após receber o aparelho, ele ainda pede os passes estudantis que a garota disse possuir e leva também o anel que ela ganhara da sua avó. Após uma última ameaça o homem pede que o motorista pare no ponto seguinte, localizado em frente a um shopping, e desce do transporte, como um passageiro qualquer.

A garota observa o ladrão passar ao lado do ônibus, indo em direção ao shopping. As lágrimas teimam em saltar dos seus olhos, enquanto guarda os chips na sua bolsa. O cobrador toca em seu ombro e pergunta se ela acabara de ser assaltada. Assente com a cabeça e começa a ouvir os comentários surpresos dos outros passageiros, que não haviam notado a ação.

Soteropolitana, baiana e moradora do país vice-líder em roubo de celulares. De acordo com estudo de uma empresa especializada em segurança da informação, F-Secure, divulgado esse ano, 25% dos brasileiros já teve seu celular roubado. O índice altíssimo do Brasil só perde para a Índia, onde as taxas de roubo são de 35%. E, mais uma vez, ela passava a fazer parte da porcentagem absurda e revoltante, que reflete a falta de segurança do seu país.

Dias depois, ela sai da faculdade, atravessa a passarela e espera no ponto de ônibus. Em pouco tempo surge aquele que a levará para o lugar desejado e ela entra no transporte coletivo. Entrega seu passe estudantil ao cobrador e, nervosa, observa os passageiros enquanto escolhe um lugar, aparentemente seguro, para sentar. Durante todo o percurso ela continua olhando para os lados atentamente, sem seu celular, sem seu anel e sem sua tranquilidade.




terça-feira, 27 de novembro de 2012

ACORDO DO PÉ NA BUNDA


A relação entre patrão e empregado geralmente é desleal. O acordo se resume a quem entra com o pé e quem entra com a bunda. A partir dai você define quem foi desleal com quem. O patrão vai demitir o funcionário quando julgar necessário. Seja pra cortar custo ou pra salvar as contas da empresa. Já o funcionário vai pedir demissão a partir do momento em que arranjar algo melhor para sua carreira ou para sua vida.

Tem empresas que promovem demissões todos os anos. Sempre vão cortar a cabeça de alguém. Os novos funcionários vão chegar na empresa e se ainda não presenciaram ninguém perdendo o emprego, ficarão sabendo das historias, do ano sombrio, da demissão em massa. E qual é o antídoto natural que ele encontra para isso? Dar um pé na bunda do patrão na primeira boa oportunidade que surgir.

Um dos assuntos abordados na literatura da administração de pessoas é sobre como montar um programa de demissão voluntária, em épocas de vacas magras no caixa da empresa. Antes de promover a carnificina, é oferecido um bom dinheiro para os funcionários pedirem para sair. A ideia é vantajosa para empresa até o momento em que um talento pede para sair. Nesse caso não há o que fazer a não ser depositar a quantia da rescisão. Se após o programa aquele funcionário que deveria ter saído não saiu, ai a cabeça dele rola. Isso é a demissão amigável.

Corte de custo também é uma palavra bastante frequente no vocabulário dos sócios e administradores. É sempre uma boa desculpa para enxugar o quadro de funcionários. Quem fica na empresa lamenta o azar do outro, mas não se comove e nem reclama da situação. Agora, quando a questão é fusão de empresas e o comprador vai demitir todo mundo, ai se unem e pedem ajuda aos sindicatos, governos e universitários. A falta de união quando o pavio foi aceso não é lembrada quando o corte é em apenas uma cabeça para reduzir despesas.

Se uma empresa vira pro funcionário e diz "vou ter que te dispensar". O funcionário pergunta "que dia eu saio? Trabalho o dia de hoje e pronto?", e recebe a resposta do chefe "Não, você vai sair agora. Passe lá no RH e assine sua demissão". O funcionário também pode virar para a empresa, já com o quadro reduzido, e comunicar "me ofereceram uma boa oportunidade de trabalho e eu aceitei. Vou começar lá amanhã", explicou. Pena para quem fica, porque tem que aguentar o rojão, enquanto que o dono vai contar dinheiro. É assim que as coisas funcionam. A vida não é um conto de fadas.




segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A FANTÁSTICA TEMPORADA 2012 DA FÓRMULA 1


Espetacular! Dificilmente teremos novamente uma outra temporada tão eletrizante. Já sabíamos que seria assim desde o inicio, ao vermos sete pilotos diferentes vencerem os setes primeiras corridas, superando de longe o recorde anterior. Todos se perguntavam, quando alguém vencerá pela segunda vez? A resposta veio no Grande Prêmio da Europa, em Valência, Espanha, após o triunfo de Fernando Alonso, que passou a liderar o campeonato até o GP da Coréia do Sul, quando Sebastian Vettel assumiu a ponta e não largou mais.

O alemão(mais um), Sebastian Vettel, provou seu talento mais uma vez, tornou-se o mais novo tricampeão do mundo, sendo um dos três a vencer em três temporadas seguidas, os outros são Juan Manuel Fangio (pentacampeão nos anos 50) e Michael Schumacher (heptacampeão). Consegue ser arrojado sem ser barbeiro e sortudo sem perder seu mérito. Não há o que dizer, é um novo mito que surge e ainda mostrará muito seu talento.

Alonso fez uma temporada fantástica, "para quem dirigia aquela carroça", como diria o também blogueiro do Opinião Pro Mundo, Vinicius Galiza. Talento não falta, mas Fórmula 1 é sim um esporte coletivo, e Vettel além de ser um grande piloto tem uma excelente equipe, que inclusive foi campeã de construtores com uma vantagem de 60 pontos. O mundial de pilotos terminou com Vettel 281 contra 278 de Alonso.

Saindo dos craques para o barbeiro: Romain Grosjean. Esse jovem mereceu ser suspenso pelo resto da temporada. Sua principal barbeiragem foi no GP da Bélgica, essa na imagem ao lado, que fez com que ele fosse suspenso por uma corrida. Quem também andou fazendo bobagens, nesse caso por falta de reflexo, foi o recém-aposentado Michael Schumacher, que manchou sim parte de sua história com esse retorno, onde em três anos subiu apenas uma vez ao pódio. Todavia, pela fortuna que ele ganhou, deve ter valido a pena.

Quem não acompanha muito e está lendo esse texto deve estar se perguntando: E os brasileiros? Decepcionaram mais uma vez, Felipe Massa foi muito mal durante boa parte do campeonato, sua melhor colocação foi o terceiro lugar do GP Brasil. Massa obteve 122 pontos, o que a certa distância parecer ser bom, até compararmos com os 278 pontos de seu colega de equipe, vice-campeão, Fernando Alonso. O sobrinho do Senna, Bruno, foi ainda pior, sendo apenas o 16º com 31 pontos. Só um milagre para alguma equipe querer ele no ano que vem.

Apesar desse mau desempenho dos brasileiros, para quem realmente gosta do esporte, isto não muda uma vírgula da opinião sobre a excelente temporada de 2012, que teve a volta de uma de suas figuras mais pitorescas. Kimi Raikkonen, que sempre foi chamado de homem de gelo, por ser finlandês e frio durante seus triunfos, voltou nesse ano e vibrou bastante após vencer o GP de Abu Dhabi. Essa vitória também foi histórica porque após 25 anos uma equipe, que não é mais a original, chamada Lotus venceu uma prova. A última tinha sido com Ayrton Senna, antes dele ir para McLaren.

Por falar em McLaren, a equipe da terra da rainha melhorou muito no final do campeonato, tornando-se uma grande promessa para a temporada 2013. Com a ida de Hamilton para Mercedes, Jenson Button torna-se um dos favoritos para o titulo mundial de pilotos. Hamilton não é favorito para 2013, a Mercedes ainda não mostrou para que veio na Fórmula 1. A grande vantagem de Hamilton será a fortuna que ele ganhará, o que lhe motivou a abandonar a equipe que lhe acompanha desde os sete anos de idade.

Para o ano que vem, apostaria ainda em Vettel, claro, afinal ele já provou que é um grande piloto, independente do bom carro e da equipe. A depender da incógnita chamada carro da Ferrari, talvez Alonso. Com relação a Felipe Massa, não espero mais nada, prefiro torcer para que ele me surpreenda, apesar de achar muito pouco provável, diante do histórico de altos e baixos. De uma coisa eu tenho certeza, daqui a 110 dias, começará novamente uma grande temporada. Viva a Fórmula 1 e os seus 62 anos de inesgotáveis talentos e boas histórias!


RELEMBRE OS VENCEDORES DA TEMPORADA 2012 E VEJA OS NÚMEROS DE VETTEL EM SEUS TRÊS TÍTULOS MUNDIAIS:




Fonte: ESPN Brasil



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UMA SEXTA-FEIRA BROWN


Peço licença aos leitores do Opinião Pro Mundo para nessa sexta-feira falar de um artista baiano que está fazendo aniversário. Os 50 anos do mestre Carlinhos Brown ou Carlito Marrón, como é conhecido pelos espanhóis, não poderia passar despercebido, assim como é a sua figura, que nem de longe deixa de ser vista em qualquer espaço em que ele esteja, seja por seu talento ou visual sempre inusitado.

Antônio Carlos Santos de Freitas cresceu em Salvador, mais precisamente no bairro do Candeal, em 23 de novembro de 1962. O nome artístico vem de uma homenagem a dois ídolos do funk e da soul music, James Brown e H. Rap Brown. Mestre Pintado do Bongô foi quem iniciou Carlinhos no cenário musical. Iniciado pelos instrumentos de percussão, marca registrada do artista até hoje, ele tem enraizado as células rítmicas provenientes dos terreiros de candomblé. Nomes como Luiz Caldas, Caetano Veloso, João Gilberto, Djavan e João Bosco são pessoas com as quais Brown já teve a oportunidade de trabalhar, crescer e ganhar bagagem para se tornar um dos maiores músicos brasileiros.

Nos anos 90, Carlinhos Brown projetou-se nacional e internacionalmente como o líder do grupo baiano Timbalada. A banda passou a ser um dos cartões postais da Bahia. Os corpos pintados com desenhos em branco é uma marca registrada do grupo e que encanta cada vez mais os turistas. Brown já não comanda mais a Timbalada nos palcos, uma vez ou outra faz apresentações, mas continua a ser o mentor e produtor do grupo em todos os catorze álbuns que a banda lançou até hoje.


Em 2001, Brown sofreu um episódio triste na carreira. Por uma falta de organização do evento Rock In Rio, que em pleno "Dia do Rock" no festival, colocou o artista baiano para tocar, ele teve que enfrentar um público de roqueiros completamente avessos ao seu som. Mesmo depois de levantar uma bandeira dada por um espectador que trazia o dizer "Paz no Mundo", o artista recebeu garrafadas, pedradas e xingamentos. Todo esse acesso de fúria dos roqueiros só parou quando o músico se retirou do palco.

Depois desse episódio nada agradável, já no ano de 2002 Brown formou juntamente com Marisa Monte e Arnaldo Antunes um trio parada dura, só de feras que levou o nome de Tribalistas. Lançando um CD e um DVD o trabalho dos artistas foi muito elogiado e premiado, é tanto que chegaram a vender mais de um milhão de discos.

Nos últimos tempos Carlinhos tem lançado trabalhos por meio de sua carreira solo e não para de compor músicas, tanto para ele, quanto para outros artistas, que sempre fazem sucesso. Em 2012, foi indicado ao Oscar por ser um dos responsáveis pela trilha do filme Rio. Em um resultado bastante injusto, não trouxe a estatueta para o Brasil, mas ganhou o apoio de milhares de pessoas que o consideraram o grande vencedor do prêmio.

Carlinhos é uma escola viva da música, uma pessoa generosa e de um talento inacreditável. Simplesmente é um ser humano admirável, engajado em causas sociais, que tem responsabilidade de um artista. Através de seus projetos já surgiram muitos percussionistas de qualidade que hoje fazem sucesso em todo o Brasil.

Seu jeito irreverente conquistou o público e hoje Carlinhos Brown é uma referência no meio artístico. É tanto que foi convidado para ser um dos jurados de um programa que vem fazendo enorme sucesso nas tardes de domingo da Globo, o The Voice Brasil. É certo que os que fazem parte do seu time estão bem assessorados por um cara que vive, respira e é música. Um homem que veio de um lugar humilde, mas que através de seu talento cada dia mais se firma no cenário musical.

Nesses 50 anos marrons, Carlinhos soube viver cada segundo e se consolidar como artista e pessoa. E é por isso que hoje desejamos uma sexta-feira de muito axé para o Mestre Brown. FELIZ ANIVERSÁRIO!!! UMA SEXTA-FEIRA BROWN PARA TODOS. ;)

Relembre Real in Rio, música que que concorreu ao Oscar e foi composta por Carlinhos Brown e Sérgio Mendes.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CADÊ AS PUNIÇÕES?


Um povo que não conhece a sua história está condenado a repetir os erros. Por isso, se a Comissão Nacional da Verdade, comissão essa que visa investigar violação dos direitos humanos ocorridas no Brasil, entre 1946 e 1988, trouxer à tona a “caixa preta” da ditadura militar, terá ajudado a consolidar o sentimento democrático e a criar imunidade para que esse tipo de atrocidade não se repita. Quanto ao resgate da nossa memória social e política, estamos muito aquém em relação aos outros integrantes do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai).

Se o Congresso não alterar a Lei da Anistia, os responsáveis por torturas e assassinatos de presos políticos não poderão ser levados aos tribunais. Esta situação resulta da absurda interpretação da lei feita recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), beneficiando os integrantes do aparelho repressivo.

Quando sancionada a Lei de Anistia, em 28 de agosto de 1979, militantes que participaram do que os militares chamaram de “crimes de sangue” (ações que resultaram em mortos ou feridos, mesmo que em troca de tiros) foram excluídos da anistia e continuaram na prisão. Desde abril do ano passado, por interpretação do STF, torturadores, estupradores e assassinos de presos políticos estão entre os beneficiados pela anistia. Ou seja, a vida interrompida desses militantes foi simplesmente decretada como paradeiro inexistente ou morte sem explicação.

Para que a Comissão de Justiça cumpra seu papel, uma condição é importante: a abertura imediata dos arquivos dos órgãos das Forças Armadas usados na representação política. Não pode ser aceita como justificativa razoável que essa documentação tenha sido queimada. Não se destroem arquivos, a não ser em situações extremas, e pelo que eu sei, isso não ocorreu no Brasil. No caso de destruição de documentos oficiais, é preciso haver ordem por uma autoridade oficialmente reconhecida. Onde está essa tal ordem, quem a deu e a que tempo ela foi dada?

Os arquivos podem mostrar quem barbarizou, torturou e matou, quem deu ordens para tal crime e onde estão os restos mortais dos desaparecidos, além de tornarem público quem financiou a repressão política. Se, por ora, os responsáveis por esses crimes não podem ser devidamente punidos, que, pelo menos, o país conheça suas identidades. Dilma Rousseff, além de ser a presidente da República, é a comandante chefe das Forças Armadas. Cabe a ela garantir o acesso a esses arquivos.

Devem ser conhecidos também, e vir a público, as determinações confidenciais do período militar. Por mais incomum que isso pareça, na ditadura haviam decretos que eram representados como regras, mas não eram divulgados. Chegou o momento de torná-los públicos. É necessário apurar os crimes de agentes do Estado cometidos em nome do próprio Estado.

Por mais que afirmem e ratifiquem a ideia de que a fronteira do regime militar já fora ultrapassada, de que a maioria representativa da população brasileira desconhece esse período sociopolítico da história recente do nosso país ou até de que já houve o perdão tanto para os militares, quanto para os militantes, é fundamental para a construção da democracia que a verdade seja estabelecida. É mais que importante que os crimes dos dois lados, agentes do Estado e militantes dos grupos guerrilheiros sejam exemplarmente punidos. Não podemos traçar um futuro digno sem corrigir os encalços de impunidade do passado.



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

NOMES SUJOS E MÃOS DE VACA


Ela olha no relógio e percebe que já é hora do almoço. Anda um pouco até chegar ao restaurante luxuoso. Ao invés de entrar pela porta da frente, ela se dirige para o fundo do restaurante e encontra o que procurava: a lata de lixo. Busca em meio aos restos de comida algo que sirva para o seu almoço. Encontra um pedaço de carne e o que sobrou de uma macarronada, satisfeita por poder comer esse banquete.

Depois da refeição ela volta para a casa. Sim, ela tem casa. Passa pela sua mobília, sofá, mesa, cadeiras, todos reutilizados, após ela os ter retirado da rua. Entra no banheiro e faz suas necessidades fisiológicas. Papel higiênico é um luxo que há muito tempo ela evita, e por isso usa água e sabão para se limpar. Termina de se arrumar e vai andando para o trabalho. Sim, ela tem trabalho.

Apesar da rotina, beirando a de um morador de rua, a norte-americana Kay Hashimoto leva a vida como se estivesse desempregada. Ela ganha mais de US$5 mil como contadora em uma empresa em Nova York, mas pretende economizar US$ 250 mil até o próximo ano. É por isso que ela come do lixo, dorme em esteiras de ioga usadas ao invés de um colchão, vai ao trabalho a pé e não usa papel higiênico, de acordo com reportagem da Época Negócios.

E foi por causa dessa sua economia exagerada que Kay virou uma das estrelas do programa Extreme Cheapskates (algo como “mãos de vaca ao extremo”, em português), que é exibido nos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal New York Post, ela contou que passou a agir dessa forma após ser demitida. Desde então, ela decidiu viver como se fosse ficar desempregada a qualquer momento e para sempre, por isso ela poupa ao máximo.

No Brasil, o crescimento econômico permitiu que as pessoas ficassem mais despreocupadas com relação às suas finanças. Esse crescimento se refletiu, principalmente, no surgimento da nova classe C, na qual pessoas aumentaram seu poder aquisitivo e, supostamente, melhoraram sua qualidade de vida. No entanto, um número significativo de brasileiros não sabe lidar com seu dinheiro.

Segundo pesquisa divulgada em setembro, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 41% dos brasileiros têm ou tiveram seus nomes sujos, o que significa que foram bloqueados para fazer compras a prazo. E os mais endividados são justamente os consumidores das classes C e D. A pesquisa ainda indica que 54% dos brasileiros possuem renda comprometida com parcelas no cartão de crédito, e os economistas afirmam que é ai que está o problema. Pois as pessoas não estão sabendo lidar com crédito, gastando mais do que sua renda mensal e se afundando nos juros.

Na segunda (19), segundo reportagem da Agência Brasil, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que se o crescimento econômico do Brasil se manter, a renda da população poderá dobrar em vinte anos. Apesar desse futuro promissor é importante que os brasileiros tenham um maior cuidado com suas finanças, e ter a consciência de que a economia de um país pode mudar a qualquer momento e que todos devem estar preparados, com o menor número de dívidas possível.

Os brasileiros não precisam seguir o exemplo da norte americana mão de vaca, e um pouco maluca, para melhorar sua relação com seu dinheiro. Não precisam parar de usar papel higiênico ou passar a comer restos de comida no lixo de um restaurante. Mas poupar, ou pelo menos parar de gastar mais do que se tem, já é um passo importante para que haja uma estabilidade financeira. 




terça-feira, 20 de novembro de 2012

BELÍSSIMO TRIUNFO!



Há uns três ou quatro anos atrás, num sábado de sol, estava eu na casa de um amigo em Arembepe. No momento em que a galera entrou lá dentro da casa, para fazer não sei o que lá dentro, fiquei no quiosque ouvindo o som que estava tocando. Era algum show de Bob Marley. De repente a música acabou e ficou o barulho das pessoas, quando ele, por duas vezes, tocou apenas as notas iniciais da canção. Só pra avisar o que estava por vir. E começou “Old pirates, yes, they rob I / Sold I to the merchant ships”( Velhos piratas, sim, eles me roubaram; Me venderam para navios mercantes). Fiquei viajando na letra.


A raça negra foi arrancada de sua terra, do seu berço para serem escravizados pelos brancos europeus, que dominavam o mundo. Da África foram distribuídos nas colônias européias nas Américas, onde comeram o pão que o diabo amassou e ainda comem. Menos, mas muitos ainda comem. Por causa de um preconceito ignorante da sociedade européia, os negros passaram a ser rejeitados.

“Emancipate yourselves from mental slavery / None but ourselves can free our minds” (Liberte-se da escravidão mental ninguém além de você pode libertar sua mente), depois de muita luta, muitas fugas das fazendas, muito sangue derramado, conseguiram a libertação, com a abolição da escravatura. Mas e aí, como é que elas ficam sem apoio? Deram a liberdade, mas mantiveram eles aprisionados sem oportunidade, sem nenhum preparo para ascender na vida social. Mas os caras foram lá, batalharam. Os tataravós, bisavós procuraram sobreviver, mas sem deixar de lado o crescimento, o sentimento da revolução pacífica.

“We forward in this generation / Triumphantly” (Nós avançamos nessa geração triunfantemente), cantou Bob Marley. A batalha das gerações seguintes não foi para sobreviver e sim evoluir. A escravidão deixou muitas seqüelas. Bastante. Foi difícil para a raça negra se levantar. Ao ouvir a música e viajar nisso tudo, lembrei da frase com a qual o dono da casa colocou no MSN no dia em que saiu o resultado das eleições americanas de 2008. “Viva Obama”.

É, os caras brocaram. Correram atrás do tempo perdido, romperam diversas e enormes barreiras, sem usar armas bélicas, sem derramar sangue e, principalmente, sem subjugar ninguém. Chegaram ao poder da maior potência do planeta. É um grande exemplo de jamais perder as esperanças. Os séculos podem passar, mas a vitória vai chegar. Belíssimo triunfo! 




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ISRAEL E PALESTINA: DESTRINCHANDO UMA GUERRA SEM FIM


Palestina e Israel travam mais uma vez sua briga histórica, que se confunde com a própria história da humanidade. Tentarei hoje cumprir a difícil missão de fazer um arremate histórico para que todos possam entender o porquê do conflito naquela região. 

Há 4.000 anos os Hebreus voltaram para onde hoje fica o território palestino em busca da Terra Prometida, momento do surgimento do Judaísmo e da fundação de Jerusalém. Esse povo foi escravizado pelos assírios (atuais sírios), persas (atuais iranianos), egípcios e pelos romanos, que estavam no poder durante a vida de Cristo e que expulsaram os judeus, que foram para Europa na chamada diáspora.

Muitos anos se passaram e no século XIX acontece um fenômeno chamado sionismo, onde o povo judeu volta da Europa para sua Terra Prometida, no intuito de estabelecer um estado judaico. Alguns conflitos entre Islâmicos e Judeus começam a acontecer durante o mandato britânico sobre aquela região, mas surge a 2ª Guerra Mundial e os judeus são dizimados pelo nazismo. Terminada a guerra é fundada a ONU, que cria, em 15 de Maio de 1945, o estado judaico que o povo judeu queria no sionismo, surgindo assim o estado de Israel.


Após isto, dezenas de conflitos passam acontecer entre Israel e os países islâmicos, que desejavam que ali houvesse um estado palestino, que também seria islâmico. Israel por sua vez tem apoio econômico e militar, até hoje, dos Estados Unidos, que possui várias empresas que foram fundadas e pertencem a judeus, além de terem um grande interesse em ter um parceiro naquela região tão conflituosa. Ao lado o mapa mostra como o estado de Israel cresceu após sua fundação, graças ao apoio estadunidense. Em amarelo o que foi definido pela ONU e em laranja o que foi anexado com o tempo.


Em 1967, em um dia sagrado em que as pessoas se recolhem, Israel recebeu um ataque surpresa de Egito, Jordânia, Síria e Líbano. Este fato foi chamado de Guerra dos Seis Dias, e o povo de Israel (que tem por obrigação servir ao exercito por pelo menos dois anos), contando novamente com o apoio dos Estados Unidos, entrou numa briga, que resultou em um novo crescimento de seu território, tomando a Cisjordânia (local onde atualmente estão os palestinos), o sul da Síria e toda a Península do Sinai, no Egito. Dessa forma o território de Israel, que em sua fundação tinha 14km², passa a ter 84km². O mapa a esquerda mostra o território (em amarelo) que passou a pertencer a Israel.


Isto gerou uma revolta dos países islâmicos que retaliaram, gerando a Crise do Petróleo, que nos anos 70 fez que o barril de petróleo subisse de US$ 3 para US$ 18, afetando diversos países do ocidente, inclusive o Brasil. Na década de 80, em um acordo do Egito com Israel, a Península do Sinai foi devolvida ao Egito, em troca eles reconhecem o estado de Israel, ‘traindo’ assim os outros estados palestinos.

Avançando um pouco na história chegamos aos anos 2000, onde num acordo a Faixa de Gaza (menor área em lilás na imagem ao lado) é devolvida aos Palestinos. Todavia entramos em outro conflito: Dentro dos palestinos existem dois grupos Fatah (que está no poder) e Hamas (grupo radical). O acordo para Israel devolver a Faixa de Gaza foi com o Fatah, mas o Hamas tomou o controle da região. Daí Israel revoltou-se, e gerou um embargo econômico na região e bloqueou até mesmo a passagem de ajuda humanitária.


Existam também conflitos na Cisjordânia, onde fica Jerusalém, dividida em áreas judaicas e palestinas, e que é considerada por muitos a capital de Israel, apesar de a ONU reconhecer Tel Aviv. A Cisjordânia tem maioria islâmica, mas tem vários pontos de controle Israelense, o que gera conflitos, que também existem em Golã, disputada com a Síria, e no norte de Israel e sul do Líbano, onde existe o grupo radical Hezbollah, que também é islâmico e joga bombas em Israel, que por sua vez reage contra o Líbano que aceita a existência do grupo terrorista.

Chegamos ao conflito atual, que está passando nos telejornais e motivou esse texto: No dia 14 de novembro, uma operação militar israelense matou o chefe do Hamas na Faixa de Gaza. No dia seguinte, foguetes disparados de Gaza mataram três Israelenses, gerando uma grande reação de Israel. Diante dessa reação, hoje, 19 de novembro, Hamas e Fatah, os grupos islâmicos rivais que citei anteriormente, resolveram se unir, o que deve provocar um conflito ainda maior. Segundo o noticiário, até o fechamento desse texto, mais de noventa pessoas já morreram.

Diante disso tudo minha conclusão é que a ONU e os países que não estão diretamente envolvidos no fato, como o Brasil (que inclusive reconhece o estado palestino desde 1967), precisam motivar um dialogo verdadeiro entre os dois lados, e se for o caso, tomar uma postura firme definindo de uma vez por todas quem ocupa qual território e buscando acabar com esses grupos terroristas. O grande problema é que os Estados Unidos, que tem uma enorme influência na ONU, não tem interesse nisso e quando essa guerra milenar terminará nem Deus e Alah sabem dizer.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

AMEM MAIS!!!


Com a vida corrida dos dias de hoje e vendo tanta coisa ruim nos meios de comunicação, resolvi falar no meu texto desta sexta de uma coisa mais leve, porém importante. A produção textual que segue abaixo falará sobre a relação da ética com o amor. É uma simples visão minha diante de um tema tão vasto. Como esse texto foi feito durante uma avaliação da faculdade, ele cita o filósofo Platão e as virtudes (Sofia, Sofrosine, Andreia e Dike) proposta por ele que tem exímia ligação com a ética. Para situar vocês leitores, segue o que cada virtude representa:

SOFIA – CONHECIMENTO
ANDREIA – DEVER ACIMA DO PRAZER
DIKE – JUSTIÇA, HARMONIA, ORDEM
SOFROSINE – SERENIDADE


A ÉTICA E O AMOR

Se a ética tem o objetivo de buscar a felicidade, então ela tem muita ligação com o sentimento chamado AMOR. Afinal, quando se busca uma pessoa para amar é porque existe o propósito de ser simplesmente feliz.

Em um relacionamento, as virtudes propostas pelo filósofo Platão são de fundamental importância para que o casal consiga conviver e dar certo.

O POR QUÊ DA SOFIA? É essencial que o casal se conheça, até porque ninguém é igual e será preciso saber conviver com as diferenças. O uso da sabedoria para driblar as discordâncias e saber aceitar o parceiro da forma como ele é, será um excelente passo para que a relação funcione.

O POR QUÊ DA ANDREIA? Em uma relação, prazeres são, a todo momento, despertados e até mesmo no ambiente “extra-casa” ele pode surgir. Mas será sempre um dever respeitar o outro. A fidelidade é um ingrediente de peso na demonstração do amor.

O POR QUÊ DA DIKE? Exercitar o hábito de ser verdadeiro com o parceiro e para com o relacionamento, é algo justo para que a felicidade aconteça. O clima de sinceridade misturado com o amor que o casal sinta, é a medida certa para ter um relacionamento em ordem e com muita harmonia.

O POR QUÊ DA SOFROSINE? Serenidade, temperança, autodomínio, confiança, clareza são fundamentais para o convívio diário de um casal.

Por fim, como a ética tem a ver com algo que seja certo, ao encontrar uma pessoa haja de forma correta e sincera com ela. A felicidade será a consequência. Que a ÉTICA e o AMOR caminhem sempre lado a lado e as virtudes de Platão sejam pautas diárias do relacionamento. AMEM MAIS!!!