sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A SAUDADE DOMINICAL BRASILEIRA


Hoje é um dia marcado por lembranças, 2 de novembro é conhecido por ser o feriado do dia de finados. Introduzido por Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França, a partir de 998 d.C., o dia de finados determinava que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica.

Os portugueses que trouxeram para o Brasil esse costume de rezar pelos mortos nesse dia instituido. Igrejas e cemitérios são visitados, os túmulos recebem decoração de flores e milhares de velas são acesas. Parentes, amigos, conhecidos recordam daqueles que partiram dessa vida e hoje se encontram em um outro plano.

Como o dia é marcado por recordações, lembranças, saudade, lembrarei no post de hoje de um esportista de grande visibilidade e que já faleceu, mas que deixa uma saudade, um vazio e ainda continua tão vivo em nossa mente, por ter se tornado um grande ídolo nacional, e que sá internacional também. Sei que existem pessoas das mais diversas áreas que mereciam essa lembrança, mas vou me ater a ele.

Ele era Paulista, nasceu em 21 de março de 1960, foi tricampeão mundial na Fórmula 1 nos anos de 88, 90 e 91 e vice-campeão em 89 e 93. Fazia dos domingos brasileiros dias mais alegres e cheios de emoção. Tinha um carisma, um talento, um amor pelo esporte. Sim, esse ídolo de quem falo é AYRTON SENNA DA SILVA, um dos maiores pilotos do mundo, um dos grandes nomes do automobilismo e esporte brasileiro. Um cara que deixou saudades e um grande vazio no coração daqueles que paravam o seu domingo só para assisti-lo nas corridas.

Não vou me ater nas conquistas ou carreira de SENNA, porque mesmo que curta, ele faleceu precocemente aos 34 anos, ela foi de muito sucesso. Gostaria de falar da saudade que ele deixou. Saudade não só no campo do automobilismo, mas do esporte como um todo. Não se fazem mais ídolos como ele. Um cara que era preocupado e engajado com tudo. Pouco antes de sua morte, ele criou a estrutura de uma organização dedicada às crianças pobres brasileiras, que hoje leva o nome de Instituto Ayrton Senna. Descobriu-se depois de sua morte que ele havia doado em segredo uma porção muito grande de sua fortuna pessoal (estimada em cerca de US$ 400 milhões) para ajudar as crianças pobres. 

Os 34 anos de Ayrton nesse vida foram poucos, mas muito intensos. Do esporte à vida pessoal, ele perambulou por todos os meios de notícia. Fez carreira e comportou-se como ídolo. É muito difícil resumir SENNA em algumas linhas ou parágrafos, pois seu significado para o povo brasileiro vai além disso.

Eu infelizmente não fui do tempo de acompanhar as corridas de AYRTON SENNA, mas me emociono a cada vídeo que assisto, a cada história que leio, a cada foto que vejo dele. Sinto uma nostalgia de não ter tido a oportunidade de acompanhar os momentos de glória do automobilismo do Brasil. Mas sei que a canção feita pelo cantor italiano Cesare Cremonini, intitulada de Marmelata #25 e que tem no seu refrão a seguinte parte – “Ahh! Desde que Senna não corre mais...não é mais domingo” – é a mais pura verdade.

Encerro o post de hoje com a última vitória do glorioso Ayrton no Brasil, a música tocada a cada cruzada de linha de chegada em primeiro SERÁ SEMPRE A MÚSICA DE SENNA...




Nenhum comentário: