
Há dois anos atrás, quando tinha apenas 18 anos, Catarina Migliori decidiu se candidatar para participar de um documentário sobre virgens. Dentro do projeto estava incluso um leilão que venderia a primeira relação sexual dos participantes para o lance mais alto. A catarinense foi a escolhida pelo cineasta australiano Justin Sisely, idealizador do documentário.
As filmagens começaram a cerca de um mês, e retratam a história da jovem e suas expectativas para a sua “primeira vez”. O leilão aconteceu em um site australiano chamado “Virgins Wanted” (“procura-se virgens”), que, segundo o G1, foi divulgado ao público no dia 15 de setembro e a data prevista para o fim do leilão era 15 de outubro.

“Não é prostituição, apenas um negócio”, disse a jovem em entrevista ao site Terra. Mas o que seria a prostituição a não ser um negócio, em que a pessoa vende seu corpo em troca de dinheiro? Não é isso que a jovem está fazendo? Mas, ainda de acordo com o site, para Catarina, vender a relação sexual não caracteriza "prostituição" porque, segundo ela, é um "negócio" que vai acontecer apenas uma vez em sua vida.
O tal “negócio” será realizado de fato daqui a dez dias, provavelmente, no dia 3 de novembro. Para não correr o risco de se tornar um ato ilegal, a jovem perderá sua virgindade em um avião. Em entrevista para o site UOL, Sisely, diretor do documentário, revelou que essa era “uma maneira de contornar as leis contra a prostituição”. O vôo partirá da Austrália ou Indonésia, em direção aos Estados Unidos.
Com o valor pago pelo japonês, a garota informou, em algumas entrevistas, que pretende usá-lo para a caridade. Catarina tem um projeto de ajudar famílias brasileiras de baixa renda, com a construção de casas populares. O diretor do filme disse, ainda para o UOL, que desconhece a intenção da moça e que ela sempre deixou claro que via toda a situação como um negócio que serviria para lucro pessoal e autopromoção.

Por mais absurda que seja a escolha que essas garotas fizeram quanto ao seu próprio corpo, é delas o direito de decidir o que farão com ele. Mais absurda é a atenção dada pela mídia a esse acontecimento, como se fosse apenas mais um reality show, banalizando a prostituição. Apesar de ser tida como a profissão mais antiga do mundo, não é correto tratá-la com normalidade ou, até mesmo, incentivar esse tipo de negócio. Assim, garotas tão jovens poderiam encontrar uma forma diferente e mais digna de conseguir dinheiro, seja para caridade ou lucro pessoal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário