O povo brasileiro está em êxtase
com as condenações do julgamento do mensalão. Joaquim Barbosa virou um herói
nacional, uma reserva de moralidade e o presidente dos sonhos da nação. A
primeira batalha foi vencida, podemos comemorá-la um pouco. Mas sem esquecer de
continuar a luta, pois a vitória nesta guerra ainda esta longe. Falta o mais
importante, a pena.
O Brasil conseguiu passar de fase
no jogo da corrupção. Como dizia Lula, no seu governo que coincidentemente foi
no período do mensalão, nunca na história desse pais... algum político foi
condenado por corrupção. Quando os crimes vinham à tona, organizava-se uma CPI
que nunca dava em nada. O tempo passava, a sociedade esquecia. Só que dessa
vez, o Brasil passou da fase da CPI e chegou no julgamento.
Conversei com um amigo que é
advogado e ele me disse que os condenados podem não ir pra cadeia. Perae, como
assim?!? Eles foram considerados culpados e condenados. Só que o buraco da lei
é bem mais embaixo. Todos os condenados são réus primários, isto é, nenhum
deles viu o sol nascer quadrado na vida. Aliás, o considerado chefe da
quadrilha do mensalão, José Dirceu já passou pela prisão, mas como preso
político e não julgado e condenado como criminoso. Dentre os vários meandros da
lei que podem impedir os mensaleiros de irem pra cadeia, um deles é o fato de
que uma pena inferior a sete anos para réu primário será cumprida em liberdade.
Pois é, o triunfo da guerra só virá se a pena dos condenados for maior do que sete
anos, senão vai cada um pra sua casa.
Nos jogos de videogame, a ultima
fase é contra o chefão. O game é zerado, quando derrotamos ele. Nesse jogo dos
gângsteres políticos, a ultima fase é ver os criminosos na cadeia. Quando isso
acontecer, podemos correr pro abraço gritando Brasil-sil-sil.
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