quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SOCIEDADE DE CONSUMO


Os avanços tecnológicos e industriais, o crescimento populacional, a retenção volumosa do capital financeiro pelas grandes empresas, atrelada ao progresso publicitário e à prontidão de crédito oferecido pelo mercado econômico, tornaram a sociedade contemporânea bem mais consumista que qualquer outra.

O conceito fundamental de consumo é o uso feito da produção de bens e serviços. O que tem ocorrido em dias atuais é o aumento desse consumo, principalmente pelos países em declarado desenvolvimento, onde as necessidades básicas de uma maior parte da população, os meios de produção e de comercialização são obrigados a responder as diversas urgências da sociedade, geralmente de caráter prescindível.

Na cultura presente, o consumo é imaginado por economistas diversos como essencial para a economia, já que com o aumento da demanda, as fábricas são obrigadas a contratar. Essa é uma ideologia singularmente capitalista, que tem sido derrubada com a crise econômica europeia. 

Percebe-se que as classes inferiores tem tido a oportunidade de adquirir produtos de valor comprovado, contribuindo para a inclusão sócio-econômica dessa camada da sociedade. As pessoas são vistas como meros consumidores, já que a oferta tem excedido a procura, com isso os padrões de gastos e as pessoas foram estereotipados, consome-me o que é tendência apenas como forma de integração social.

Nesse estilo de vida valoriza-se mais a oportunidade da compra, que a função do produto existe uma tendência para o consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional, ao ponto de as pessoas não perceberem que a maioria dos produtos e serviços são praticamente iguais, os métodos de fabricação baseiam-se na produção em série, há uma desclassificação tecnológica do material industrial, provocada sempre pelo aparecimento de um material mais moderno, melhor adaptado.

O risco maior da necessidade consumista desenfreada é a interferência ainda mais atenuada do homem no meio ambiente, já que grande parte do que é produzido carece do auxilio da natureza. O homem interfere profundamente no meio ambiente, pois tudo o que é desenvolvido vem da natureza, aqui nesse contexto é o palco das realizações humanas. Através da força, o ser humano transforma a natureza intacta em uma natureza desfigurada. É ela que fornece todas as matérias primas necessárias às indústrias.

Percebe-se então que o padrão capitalista de desenvolvimento que idealiza níveis de consumo cada vez maiores, baseado em inovações tecnológicas, em busca do lucro, precisa urgentemente ser trocado, já que o planeta dá sinais de enfraquecimento. O sistema capitalista acha que fala em nome de todos, tenta dirigir a todos suas arrogantes ordens de consumo, entre todos pretende espalhar o insano desejo de compra, fazendo com que a maioria dos consumidores contraia dívidas para ter coisas, fazendo com que esses tenham apenas dívidas para pagar suas dívidas que geram novas dívidas, consumindo sonhos e fantasias que, às vezes, materializa-se cometendo delitos.

Um comentário:

Anônimo disse...

O seu texto está maravilhoso. Parabéns!