“Vocês acham que eu preciso fazer uma
plástica no nariz?”. Foi com esse questionamento que o ator Frank Menezes
começou seu monólogo. De acordo com o dicionário, “monólogo” é um espetáculo ou
cena em que uma personagem teatral está sozinha e fala consigo mesma.
Popularmente, esse termo é utilizado para referir-se a diálogos chatos e
cansativos. Mas não existe nada de chato, muito menos cansativo, no monólogo de
Frank.
Com roteiro de Cláudio Simões e Djaman
Barbosa, além da direção do conhecido diretor teatral Fernando Guerreiro, a
peça “O Indignado” é um monólogo que já foi assistido por mais de 160 mil
espectadores. E muitos daqueles que já assistiram à peça, voltaram para
assistir novamente, levando amigos e familiares.
Foto: Carla Franco |
Foto: Carla Franco |
Essa é a última temporada
da peça, que fica em cartaz, até 21 de julho, no Teatro Acbeu, Corredor da
Vitória, sempre aos sábados e domingos, às 20h. Os ingressos custam entre R$40
(inteira) e R$20 (meia), e podem ser adquiridos no local.
O que me deixa indignada
é que mesmo com um preço tão razoável, um texto e direção tão bons e uma
interpretação espetacular, muitas pessoas ainda vão perder a última temporada
dessa peça. Algumas ainda reclamarão, indignadas, dizendo que Salvador é uma
cidade muito fraca no aspecto cultural e que nunca tem nada de interessante
para fazer na cidade. Esse é um discurso chato e cansativo, muito diferente do
monólogo indignado de Frank Menezes, que deixa o maxilar dolorido de tanto rir.
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