Um
senhor escocês, de 72 anos, caminha pela 1499ª vez em direção ao seu local de
trabalho dos últimos 27 anos. Essa aparente rotina quebra-se quando informo que
este senhor é treinador de um dos principais clubes do mundo, e que pela última
vez se dirigia ao banco de reservas onde marcou épocas (no plural mesmo). A tradicional caminhada
mascando chiclete, nesse domingo, 12 de maio, eram os passos históricos da despedida de Alex
Ferguson do Estádio do Manchester United. Antes de qualquer outra palavra, veja
a cena, em imagens de ESPN.COM.BR
O Manchester
United venceu o jogo por 2 a 1. Agora só resta uma partida para Alex dar um adeus definitivo, o último jogo do
campeonato inglês, que coincidiu com a apresentação número 1500 de Ferguson à frente do
clube. Curioso porém, é que essa história de sucesso demorou para começar. Nos
seis primeiros anos como treinador, ele venceu apenas as desvalorizadas Copa
da Liga Inglesa e Copa UEFA(atual Liga Europa). Em 1992 essa história começava
a mudar, com o primeiro dos treze títulos conquistados por ele no campeonato
inglês. Hoje, os resultados comprovam que o Manchester acertou em acreditar.
Em
1999, ano em que o Manchester United ganhou até titulo mundial, o treinador recebeu da Rainha Elizabeth II o título de
“Sir”, dado a quem presta grandes serviços ao Reino Unido, assim passando a
chamar-se Sir Alex Ferguson. No meio do futebol o reconhecimento veio na festa
dos Melhores do Ano da FIFA 2011, onde o treinador recebeu o Prêmio
Presidencial da FIFA, dado a grandes personalidades do futebol.
No
entanto a homenagem que realmente lhe emocionou foi de iniciativa do próprio Manchester, que
batizou a ala norte do seu estádio como "Ala Sir Alex Ferguson".
Emocionado, treinador disse em entrevista ao site da FIFA: "Fiquei
muito honrado e emocionado quando vi o meu nome naquela arquibancada, durar
tanto tempo no cargo parece um conto de fadas. Na profissão de técnico, as
coisas mudam muito rapidamente.”
E a sobrevivência
em meio as mudanças, crises e críticas que um treinador passa, tornam Ferguson um craque, não nas quatro linhas, mas ali na área técnica, com um sábio olhar sobre o futebol.
Sua visão a longo prazo, paciência, visão atenta ao mercado da bola e controle
nos vestiários, colocando muitos beberrões e mandões para fora, lhe tornaram um
profissional diferenciado e respeitado no meio do futebol. Ele transformou o Manchester de coadjuvante na
Inglaterra em uma das principais equipes do futebol mundial.
Sua trajetória foi brilhante, agora resta saber como continuará o United a partir de agora. Uma coisa é certa: Se os passos do clube seguirem os ensinamentos de seu mestre, nessa necessária reformulação, surgirão muitos atalhos na caminhada por novas conquistas.
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