Assunto é o que não falta para eu
escrever o texto desta terça-feira (11). Poderia relatar que um passarinho me
contou na redação que o jogador do Cruzeiro e ex-Bahia, Anselmo Ramón,
participou de uma festa promovida por Ronaldinho Gaúcho numa cidade próxima a
Salvador, com garotas de família. Na saída, o jogador sofreu um acidente de
carro próximo à cidade de Dias D’Ávila, em que matou uma pessoa e feriu outra.
Poderia também tecer um
comentário sobre a bomba de Hiroshima detonada por Marcos Valério, no
depoimento dado à Procuradoria-Geral da República, no qual acusa o
ex-presidente Lula de participação no esquema do mensalão. Em troca, ele pediu
que a delação aliviasse sua pena, além de segurança. Segundo o careca, o PT
cogitou promover um encontro entre ele e o finado PC Farias. Ou também poderia
dissertar sobre a esmagadora goleada do Vitória sobre o Atlético-MG, na
primeira partida da final da Copa do Brasil Sub-20.
Poderia escolher um desses temas
bastante atuais, mas vou dedicar a minha coluna ao meu amigo de fé, que a vida
nos separou na última sexta-feira. Farei um tributo ao Gêpê, o meu Gol Prata, o
primeiro carro que amei de verdade. Eu não o via apenas como um simples meio de
transporte. Ele era meu amigo, meu símbolo, minha marca registrada.
O Gêpê, jamais me deixou na mão e
sempre esteve comigo em situações de pura alegria, enorme tristeza e momentos
de grande deprê. Me oferecendo seu banco, seu volante, seu ar-condicionado e
sua música para me fazer pensar em como ia a minha vida, a tomar grandes
decisões, clarear as idéias ou simplesmente, matar o tempo.
Além disso, me ajudou me ajudou
nos momentos em que correr em direção ao motel quebraria completamente o clima.
Me levou o mais rápido que pode para as entrevistas de emprego, primeiros dias
de trabalho novo me fazendo chegar exatamente no minuto da hora marcada.
Também levou meus amigos e eu
para a única vez em fomos, nós quatro ou melhor, contando com ele, cinco, para
o Vale do Capão. Viagem até hoje lembrada pelos participantes e que sempre são
reforçadas as promessas de uma volta, jamais feita desde o ano de 2007.
Quando estava levando ele para o
local onde seria vendido, não liguei o som e nem o ar-condicionado, apesar do
calor. Baixei os vidros apenas para escutar o barulho impar do seu motor, com
seus chiados característicos e que jamais serão repetidos por nenhum outro
carro. Fui me despedindo dele e lembrando dos bons momentos.
A volta pra casa, já com o carro
novo, a versão mais nova do Gol, lembrei dele. E confesso que não pude evitar
que uma lágrima escorresse pelo meu rosto... Do mesmo jeito que outras estão
escorrendo enquanto escrevo. Adeus Gêpê!
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