Com águas mansas e um azul luminoso, a
Baía de Todos os Santos é um museu vivo ao ar livre, um tesouro que o navegante
Américo Vespúcio na missão de reconhecimento em novembro de 1501, batizou,
seguindo o calendário católico, como o dia dedicado a todos os santos. Deu nome
e sobrenome a maior Baía do Brasil e a segunda maior do mundo.
Com 1233 Km², a Baía de Todos os Santos é
do tamanho da cidade do Rio de Janeiro, vai da ponta do Farol da Barra em
Salvador a ponta do Garcez em Jaguaribe no recôncavo baiano, abriga 56 ilhas,
onde a maior e a mais famosa é Itaparica.
Dona de grande beleza, esta jovem senhora
de 511 anos, foi decisiva para que Tomé de Souza escolhesse a região para
fundar a primeira capital da colônia portuguesa. Já abrigou o maior porto do
hemisfério Sul.
A nossa baía tem águas que escondem
mistérios de navegantes, as embarcações que naufragaram atraem mergulhadores,
encantos como o forte de São Marcelo no meio de infinita beleza, ecossistemas
ricos em biodiversidade, apresentando extensas áreas de manguezais ainda bem
conservados, uma rica flora e fauna, o que potencializa a variedade turística
da região.
Mesmo tendo conflitos ambientais em
destaque como o lançamentos de dejetos domésticos e industriais, ocupação
desordenada do solo, desmatamento e ocupação de áreas de preservação
permanente, a beleza natural é preponderante. A Baía de Todos os Santos é muito
rica em artesanato, história, com vestígios relativos a populações
pré-coloniais, coloniais e pós-coloniais, arquitetura e diversidade cultural e
religiosa, como por exemplo, as procissões de Bom Jesus dos Navegantes, de
Nossa Senhora das Neves, de Bom Jesus do Amparo e do Senhor de Vera Cruz.
Portugal pode ter o rio Tejo e Paris o
rio Sena, mas a gente pode encher o peito e lembrar que a Baía de Todos os
Santos além de um patrimônio cultural da humanidade é um roteiro turístico a
nossa disposição, como se fosse uma extensão da nossa casa, o trajeto de todo o
passado e um esboço de um futuro irrigado de encantos e magias, onde a natureza
reina.
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