Palestina e Israel travam mais uma vez sua briga histórica, que se confunde com a
própria história da humanidade. Tentarei hoje cumprir a difícil missão de fazer
um arremate histórico para que todos possam entender o porquê do conflito naquela
região.
Há 4.000 anos os Hebreus voltaram para onde hoje fica o território palestino em busca da Terra Prometida, momento do surgimento do Judaísmo e da fundação de Jerusalém. Esse povo foi escravizado pelos assírios (atuais sírios), persas (atuais iranianos), egípcios e pelos romanos, que estavam no poder durante a vida de Cristo e que expulsaram os judeus, que foram para Europa na chamada diáspora.
Há 4.000 anos os Hebreus voltaram para onde hoje fica o território palestino em busca da Terra Prometida, momento do surgimento do Judaísmo e da fundação de Jerusalém. Esse povo foi escravizado pelos assírios (atuais sírios), persas (atuais iranianos), egípcios e pelos romanos, que estavam no poder durante a vida de Cristo e que expulsaram os judeus, que foram para Europa na chamada diáspora.
Muitos anos se passaram e no século XIX
acontece um fenômeno chamado sionismo, onde o povo judeu volta da Europa para
sua Terra Prometida, no intuito de estabelecer um estado judaico. Alguns
conflitos entre Islâmicos e Judeus começam a acontecer durante o mandato
britânico sobre aquela região, mas surge a 2ª Guerra Mundial e os judeus são
dizimados pelo nazismo. Terminada a guerra é fundada a ONU, que cria, em 15 de
Maio de 1945, o estado judaico que o povo judeu queria no sionismo, surgindo assim
o estado de Israel.
Após
isto, dezenas de conflitos passam acontecer entre Israel e os países islâmicos,
que desejavam que ali houvesse um estado palestino, que também seria islâmico.
Israel por sua vez tem apoio econômico e militar, até hoje, dos Estados Unidos,
que possui várias empresas que foram fundadas e pertencem a judeus, além de
terem um grande interesse em ter um parceiro naquela região tão conflituosa. Ao
lado o mapa mostra como o estado de Israel cresceu após sua fundação, graças ao
apoio estadunidense. Em amarelo o que foi definido pela ONU e em laranja o que foi anexado com o tempo.
Em 1967, em um dia sagrado em que as
pessoas se recolhem, Israel recebeu um ataque surpresa de Egito, Jordânia,
Síria e Líbano. Este fato foi chamado de Guerra dos Seis Dias, e o povo de
Israel (que tem por obrigação servir ao exercito por pelo menos dois anos),
contando novamente com o apoio dos Estados Unidos, entrou numa briga, que
resultou em um novo crescimento de seu território, tomando a Cisjordânia (local
onde atualmente estão os palestinos), o sul da Síria e toda a Península do
Sinai, no Egito. Dessa forma o território de Israel, que em sua fundação tinha 14km²,
passa a ter 84km². O mapa a esquerda mostra o território (em amarelo) que
passou a pertencer a Israel.
Isto gerou uma revolta dos países
islâmicos que retaliaram, gerando a Crise do Petróleo, que nos anos 70 fez que
o barril de petróleo subisse de US$ 3 para US$ 18, afetando diversos países
do ocidente, inclusive o Brasil. Na década de 80, em um acordo do Egito com
Israel, a Península do Sinai foi devolvida ao Egito, em troca eles reconhecem o
estado de Israel, ‘traindo’ assim os outros estados palestinos.
Avançando
um pouco na história chegamos aos anos 2000, onde num acordo a Faixa de Gaza (menor
área em lilás na imagem ao lado) é devolvida aos Palestinos. Todavia entramos em
outro conflito: Dentro dos palestinos existem dois grupos Fatah (que está no
poder) e Hamas (grupo radical). O acordo para Israel devolver a Faixa de Gaza
foi com o Fatah, mas o Hamas tomou o controle da região. Daí Israel
revoltou-se, e gerou um embargo econômico na região e bloqueou até mesmo a
passagem de ajuda humanitária.
Existam
também conflitos na Cisjordânia, onde fica Jerusalém, dividida em áreas
judaicas e palestinas, e que é considerada por muitos a capital de Israel,
apesar de a ONU reconhecer Tel Aviv. A Cisjordânia tem maioria islâmica, mas
tem vários pontos de controle Israelense, o que gera conflitos, que também
existem em Golã, disputada com a Síria, e no norte de Israel e sul do Líbano,
onde existe o grupo radical Hezbollah, que também é islâmico e joga bombas em
Israel, que por sua vez reage contra o Líbano que aceita a existência do grupo
terrorista.
Chegamos
ao conflito atual, que está passando nos telejornais e motivou esse texto: No
dia 14 de novembro, uma operação militar israelense matou o chefe do Hamas na
Faixa de Gaza. No dia seguinte, foguetes disparados de Gaza mataram três
Israelenses, gerando uma grande reação de Israel. Diante dessa reação, hoje, 19
de novembro, Hamas e Fatah, os grupos islâmicos rivais que citei anteriormente,
resolveram se unir, o que deve provocar um conflito ainda maior. Segundo o
noticiário, até o fechamento desse texto, mais de noventa pessoas já morreram.
Diante
disso tudo minha conclusão é que a ONU e os países que não estão diretamente
envolvidos no fato, como o Brasil (que inclusive reconhece o estado palestino
desde 1967), precisam motivar um dialogo verdadeiro entre os dois lados, e se
for o caso, tomar uma postura firme definindo de uma vez por todas quem ocupa
qual território e buscando acabar com esses grupos terroristas. O grande
problema é que os Estados Unidos, que tem uma enorme influência na ONU, não tem
interesse nisso e quando essa guerra milenar terminará nem Deus e Alah sabem
dizer.
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