De todas as festas tradicionais e
culturais brasileiras, a minha preferida e disparada, é o carnaval. Pra mim o
grande diferencial dela em relação as outras é a sensação de liberdade. A
música de Caetano Veloso “atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”
ilustra muitíssimo bem a minha concepção de carnaval.
Por ser uma festa de rua, para
mim a rua é quem brilha mais nessa festa. Não há nada melhor no carnaval do que
a pipoca. É a zona de liberdade, mesmo que limitada por cordas e tapumes de
madeira. E como a pipoca é o que mais brilha para mim, sair de Gandhy na rua é
a melhor opção de todas. E é justamente neste ponto que eu queria chegar. Não
saio de torso na cabeça para sair distribuindo colar a torto e a direita. Isso
é coisa de menino. Vejo o Gandhy como uma pipoca segura. Ninguém mexe com um
gandhy, nem ladrão e nem policial. A PM inclusive, claro que com a exceção dos
Caatinga e dos Choque, já me pediram até licença para passar. Enquanto que quando
estou de mero civil, dão umas cutucadas na costela com a “fanta”, mais
conhecida com o cassetete. Mas fora isso, é tranquilo. A menos que você procure
confusão se garantindo na fantasia, aí nesse caso, quem procura acha!

O povo também deveria ter vez no
carnaval. A pipoca deveria ser mais bem vista pelas autoridades, que deveria
organizar melhor o espaço da folia. O que também contribuiria com a segurança,
pois aliviaria os bolsões da pipoca que foram empurrados para determinados
espaços do circuito.
A pipoca é o coração do carnaval
baiano. A diversão da folia é na rua, onde rolam as brincadeiras e o
empurra-empurra. A liberdade é estar no meio da rua atrás do trio. Um bom
carnaval a todos! Cuidado com os excessos e com os perigos da rua. Divirtam-se
do jeito que vocês acharem melhor!
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