

Sites de jornais importantes,
como o “Correio”, perderam a chance de divulgar a notícia com rapidez, e, no
entanto, puderam divulgar a notícia correta. De fato, dois homens em uma
motocicleta haviam retirado a criança de um carro e saído rapidamente. Assim
como, a mãe da criança havia pedido socorro aos demais veículos. Entretanto,
não se tratava de um sequestro, e sim de um resgate.
A matéria do “Correio” esclareceu
a situação ao trazer o depoimento de outra testemunha, que viu quando a mãe do
bebê pediu socorro para seu filho que estava passando mal. Como o trânsito
estava congestionado, a solução encontrada foi entregar a criança ao
motociclista que a levou para um hospital próximo ao local.

O problema é que, na busca pela
notícia inédita, os veículos de comunicação, principalmente sites de notícias,
costumam só apurar melhor a matéria após esta ter sido publicada. No intuito de
não deixar passar a oportunidade de serem os primeiros a publicarem, os sites
acabam divulgando fatos distorcidos, como no caso do resgate do bebê.
O site que foi o primeiro a
divulgar, publicou a notícia correta no dia seguinte, mas a informação já tinha
sido visualizada e comentada por diversas pessoas. Apenas na página do Facebook
do mesmo, 73 pessoas já haviam compartilhado a notícia, acreditando na
veracidade dela.
Erros acontecem, mas se a
apuração continuar desta forma, com a pressa seguindo em primeiro lugar, à
frente da averiguação, a saúde do jornalismo não andará nada bem. O bebê, por
sua vez, foi transferido para outro hospital, mas seu estado de saúde e o
motivo do atendimento não foram divulgados. Melhor não divulgar do que publicar
uma realidade distorcida.
Um comentário:
Como reza o ditado, quem tem pressa come cru, então se o jornalismo coloca a exclusividade da notícia na frente da veracidade da mesma,perderá a credibilidade que será adquirida com a rapidez da divulgação do fato.É o que mais se vê atualmente, jornalistas atuando como amadores, assemelhando-se à comuns espectadores e não como profissionais da área.
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