No Brasil, o valor arrecadado pelos
royalties do petróleo é dividido entre a União, estados e municípios produtores
ou com instalações de refino e de auxílio à produção. Alegando que o petróleo
do pré-sal é uma riqueza nacional, uma Proposta de Lei do Deputado Federal
Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) determina uma nova divisão dos royalties do petróleo,
o que não agradou muito os governos do Rio de Janeiro e Espírito Santo, os
maiores produtores nacionais e os que mais lucram com a atual divisão dos
royalties.
Mas em meio a toda essa discussão, uma
excelente notícia. A presidente Dilma Rousseff publicou em 03 de dezembro de
2012 em edição extra do Diário Oficial, uma medida provisória em que veta
parcialmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso que modificava a distribuição
dos royalties do petróleo, e destina para a educação o valor integral dos
royalties do petróleo relativos a contratos de exploração assinados a partir
dessa data.
Em resumo, tudo que for arrecadado com as
futuras concessões de petróleo e gás serão investidos nos programas
educacionais. Falta agora uma mobilização das entidades da área de Educação em
favor da aprovação da medida provisória no Congresso, já que o texto será
examinado pela Câmara e em seguida vai para o Senado.
No inicio do ano passado, a Câmara
aprovou o Plano Nacional de Educação por unanimidade e estabeleceu que nos
próximos 10 anos deve-se dobrar os investimentos em educação, chegando a 10% do
PIB. Atualmente, o país investe pouco mais de 5% do PIB para a educação. Se
passasse hoje a investir o percentual fixo de 10%, o valor aplicado seria de R$
215 bilhões, o dobro do que é investido normalmente. Sabido da insuficiência de
recursos, confesso que me mantive cético quanto ao cumprimento da aprovação,
imaginando qual seria a fonte de financiamento estável para a completa execução
do termo estabelecido, parece que os royalties do petróleo serão os maiores
patrocinadores da nossa educação.
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