Quem já levanta uma bandeira
partidária já sabe em quem vai votar para prefeito. E para vereador a escolha
já fica bastante filtrada, basta apenas escolher um do time de fulano, cicrano
e beltrano. Mas para quem não tem nenhum parente, amigo ou conhecido as opções
de voto ficam bastante depressivas, diante do nível dos candidatos.
Entre os prefeituráveis, essa
eleição pode ser definida naquele ditado popular, "se correr o bicho pega,
se ficar o bicho come". Não tem nenhuma grande esperança ou uma escolha
que possa sinalizar um protesto pela honestidade. Os candidatos de agora já
figuraram em plebiscitos passados ou até já governaram Salvador, com uma
administração que não apresentou nenhuma mudança ou evolução.
Já entre os vereadores o problema
é ainda maior. O vírus Tiririca já se espalhou na política na velocidade de um
tumor maligno. Pessoas que tiveram seus 5 minutos de fama, ex-esportistas que
tiveram uma carreira de destaque, resolveram colocar a cara nas eleições.
Jogada que privilegia, na maioria esmagadora dos casos, o partido que alavanca
muitos votos para a legenda e o próprio candidato, sem espaço na mídia ou
trabalho estável, chegam sedentos ao seio do funcionalismo público. Outra
categoria de aspirantes à câmara municipal são aqueles playboys, que saem por
aí pelas "quebradas" da cidade apertando mãos e abraçando o e fazendo
uma cara séria e simpática na televisão, mas que no passado adoravam provocar
para arranjar brigas gratuitas nas festas e escolas.
As campanhas dos candidatos à
prefeitura é pautada nos ataques mútuos. Fulano disse sim a Cicranão, no
governo de Beltrano ele deixou a cidade esburacada. Mas as desculpas
esfarrapadas serão do tipo das que nossos esportistas que perderam medalhas
nessa última olimpíada de Londres deram, são as forças antagônicas que impedem
o crescimento da cidade.
Já as promessas dos maravilhosos
candidatos a vereador é sempre esporte, educação e segurança, que se de fato
saíssem do papel e fosse pra votação, não existiram analfabetos, crimes e o
Brasil não tomaria conhecimento de Estados Unidos, China ou Grã-Bretanha no
quadro de medalhas de qualquer olimpíada e de qualquer geração.
Pois é, e a grande pergunta de 1
milhão de dólares é "Vai votar em quem?". Este é o drama, quem é o
menos pior?
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